Você já se viu em dúvida, com incertezas e muitas vezes com desejo, mas preocupada de ser algo prejudicial?
Pode ser que você tenha medos e receios em relação ao seu bebê. Pode ser que você os tenha em relação ao seu parceiro. Pode ser que você tenha medos e receios em relação a você mesma.
Como pode uma grávida, que carrega um bebê tão puro e inocente em seu ventre, ter relações sexuais? O bebê não será machucado? Será que o parceiro sente desejo em uma mulher tão a cima do peso? Essas são questões que rondam os pensamentos, levando às dúvidas e ansiedades que já não são poucas nesse momento.
Pois é, você não está sozinha, os temas sexualidade e gravidez ainda são automaticamente separados, levados a extremos opostos, pois para muitos (principalmente pessoas de idade mais avançada e alguns religiosos), essa união é vista com maus olhos e, por isso, em pleno século XXI, ainda é um tema tabu.
Vamos aos pontos…
- Períodos
Antes de mais nada, ressalto aqui, que uma das maiores dúvidas que surgem para as gestantes e seus parceiros é se a penetração machucará o bebê e a resposta é: não. O bebê está protegido pelo saco amniótico, os músculos do útero e por uma espécie de “capa” que fica no colo do útero. Mas ainda é importante ressaltar que movimentos bruscos devem, sim, serem evitados, pois, por mais que o bebê esteja protegido, estamos falando de um ser frágil, em desenvolvimento e todo cuidado extra é bem-vindo.
1º Trimestre: Este é o período mais delicado, pois é a época que é mais comum as complicações na gravidez aparecerem, por isso, esse trimestre não é indicado para as gestantes realizarem esforços, incluindo atividades físicas e relações sexuais.
Além disso, não é raro haver a diminuição do desejo da mulher durante esses primeiros meses por conta dos hormônios que podem lhe causar uma série de enjoos, náuseas e dores nas mamas.
2º Trimestre: Nesta fase, é mais recorrente o número de mulheres que relatam maior desejo sexual. O que pode ocorrer por conta dos hormônios dessa etapa que podem facilitar a lubrificação vaginal, levando ao aumento da libido.
3º Trimestre: Durante os últimos meses, as gestantes podem ter certa diminuição do desejo por conta das dificuldades e desconfortos que a própria gravidez proporciona, como o início de contrações, inchaço nos tornozelos e pés, além do tamanho da barrida que acaba por dificultar a respiração e a movimentação, mas se o desejo e a possibilidade coincidirem, por que não?
Até 40 dias após o parto: Neste período, o útero entra em um processo de cicatrização, o ato sexual nessa fase pode levar a infecções e, por isso, deve ser evitado.
- Benefícios
Sim, além do prazer que proporciona ao casal, o sexo durante a gravidez também pode trazer outros 3 benefícios. Um deles é ajudar no fortalecimento dos músculos da vagina, o que pode auxiliar a mamãe que optou pelo parto natural.
Outro benefício é o aumento da autoestima da mulher que pode ser abalada pelo formato mais arredondado que seu corpo toma, além do sobrepeso que a balança mostra. Esse aspecto ainda pode ser reforçado pelos parceiros que acabam se distanciando um pouco e não demonstrando carinho.
Mas vale lembrar aqui, que os homens também estão sofrendo muitas mudanças em suas vidas, inclusive psicologicamente, além da mulher que está se transformando em mãe, o homem está se transformando em pai o que lhe traz, também, muitas dúvidas e questões que ele pode nunca ter se deparado antes, o que pode deixa-lo sem saber como agir. Para isso, vale sempre a conversa franca e sincera entre o casal.
Assim, este ponto nos leva a pensar na aproximação do casal, que é mais um benefício que o sexo na gravidez pode trazer. Pois o ideal é que os dois conversem muito, não só sobre os sentimentos, pensamentos e medos, mas também no momento do sexo, como, por exemplo, para encontrar a posição mais confortável, o que poderá levar esse casal a uma maior cumplicidade.
- Conceitos pessoais X Relações conjugais
Seguindo o pensamento da questão que falávamos acima, além do medo de machucar o bebê, o homem pode temer machucar a mulher, pois pode vê-la (enquanto grávida) como mais frágil e que necessite mais cuidados.
Ou ainda, não sentir-se tão atraído pela nova “forma” de sua parceira, o que não quer dizer que ele vá fazer algo fora do casamento. Mas mais uma vez, o dialogo honesto e aberto entre o casal entra como fundamental para o entendimento e harmonia.
Claro, o contrário também pode acontecer, o homem sentir-se mais atraído pela feminilidade da mulher que, para alguns, fica ainda mais realçada pela gravidez.
Afinal, cada um é cada um, não é mesmo?
Sendo assim, as crenças e valores, incluindo questões religiosas, influenciam na maneira como cada pessoa possa reagir em determinado momento. Para isso, é preciso sempre respeitar o outro frente as suas atitudes e sentimentos, principalmente quando o casal têm pensamentos divergentes sobre um determinado assunto.
Dessa forma, se o casal, não pode ou resolve não fazer sexo durante a gravidez, não significa que precisem esquecer a vida a dois, pois o ato sexual em si é apenas uma das formas que podem buscar para maior aproximação, cumplicidade e intimidade. Algumas carícias, demonstrações de carinho, beijos e a conversa sempre franca são alguns exemplos disso.
Provavelmente, você já percebeu que eu sempre ressalto aqui a importância do diálogo entre o casal, pois é dessa forma que podem resolver os problemas, que podem entender como o outro se sente, perceber o que precisam começar ou parar de fazer e etc. mesmo que possa ser difícil.
Por isso é sempre necessário que essas conversas sejam regadas de sinceridade e cumplicidade. E se mesmo assim ainda estiver difícil, a procura pela a ajuda de um profissional é um caminho.
- Posições
Não pretendo focar aqui em quais posições se deve fazer ou deixar de fazer, mesmo porque essa é uma questão pessoal e única de cada casal.
O que ressalto é:
- Além da satisfação, busque conforto e comodidade para acomodar a barriga;
- Você pode tentar adaptar, durante esse período, as posições já familiares entre os dois;
- Como, por exemplo, tentar em locais diferentes ou buscar auxílio de almofadas e travesseiros.
- Usar e abusar das preliminares;
- E claro, a criatividade pode rolar solta;
- Recomendações
Existem também, casos em que o sexo na gravidez não é recomendado por ordem médica.
Alguns deles são: problemas com a placenta, descolamento da mesma, placenta prévia; pré-eclâmpsia; histórico de abortos espontâneos; dores; perda de líquido amniótico; sangramentos durante a gestação; entre outros.
Por isso, antes de ter qualquer ato sexual, consulte seu médico ginecologista para que não tenha nenhuma surpresa ruim no caminho. É aquela velha, porém verdadeira, história: a prevenção é o melhor remédio.
Conclusão
- Alguns períodos da gestação devem ser evitados para o ato sexual;
- Além do prazer, o sexo na gravidez pode trazer benefícios para o parto, para a mulher e para o casal;
- Muitas questões pessoais podem interferir nesse momento, mas a relação a dois pode superar os obstáculos juntos, sempre com muito diálogo e cumplicidade;
- O sexo deve ser sempre prazeroso, por isso, busque posições confortáveis para acomodar da melhor forma possível a barriga.
- E lembre-se, sempre busquem orientações médicas para que possam usufruir o máximo possível de cada momento;
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2 Comentários
Show de bola.
Que bom que gostou! Volte sempre! 🙂