- O DIAGNÓSTICO
Sem dúvida, assumir o papel de pais de um filho com deficiência não é uma tarefa simples.
Afinal, exercer essa função se apresenta como um papel social novo e complexo para a mãe e para o pai, que pode despertar sentimento de culpa, medo e incerteza.
Por isso, é imprescindível que o diagnóstico médico seja proporcionado da forma mais compreensível possível, oferecendo todo o conforto necessário no que refere a esses sentimentos, além de proporcionar alguma ideia de futuro, esperança e encorajamento para essa família.
O momento do diagnóstico (como é feita a comunicação pela equipe), influencia diretamente na vinculação dos pais com o bebê. Por essa razão, é necessário que a equipe esteja muito bem preparada e qualificada para lidar com essas situações.
Por exemplo: se a equipe notificar de forma muito negativa e/ou preconceituosa, tende a aumentar a possibilidade de rejeição da família com o bebê.
- O IMPACTO NA FAMÍLIA
A família (não só os pais, como toda ela) está dando início a um novo desafio em conjunto, onde compartilham sentimentos e emoções. A chegada de uma criança diferente da esperada pode alterar o equilíbrio e a dinâmica familiar, influenciando todos os membros.
O diagnóstico de um filho com deficiência pode gerar um impacto grande levando a sentimentos de desconforto como: a angústia, o medo, a culpa e a vergonha. Uma criança especial faz com que todos vivenciem um ‘choque’ e o medo com o que estará por vir, imaginando as implicações futuras que trará, como o preconceito, por exemplo.
Ou seja, quando a deficiência se apresenta, traz consigo o sofrimento, desconforto, embaraço, confusão, negação, raiva, tristeza e lágrimas para todos os integrantes da família, além de exigir tempo e recursos psíquicos para o entendimento e aceitação, caracterizando uma experiência de intensa frustação, como se fosse um castigo, sentindo a necessidade de buscar uma explicação para o ocorrido.
Isso nos leva ao terceiro ponto…
- A REAÇÃO DA FAMÍLIA
A estratégia mais utilizada pelas famílias nesse contexto é a procura por informações sobre a deficiência em questão e sobre como se dá o progresso do desenvolvimento da criança e das estratégias mais utilizadas para enfrentar as necessidades que aparecerão.
Em seguida, busca-se retomar a busca pelo equilíbrio emocional de todos, permitindo a criação desse filho. Nesse momento, é necessário buscar auxílio psicológico ou grupos terapêuticos, por exemplo, para que esse equilíbrio seja restabelecido da melhor maneira possível.
Pois, é muito grande a importância da família nessa situação, tendo um papel singular no dia-a-dia da criança, uma vez que é nela que a criança deficiente se sentirá segura para aprender a se desenvolver, superar suas limitações e executar diferentes tarefas.
O que varia bastante entre cada caso por conta do tipo de deficiência que a criança apresenta, do grau dessa deficiência e do contexto social em que a família está inserida.
- PONTUAÇÃO FINAL
Ressalto aqui, que além do filho com deficiência necessitar de acompanhamento especializado, é de extrema importância que os pais e familiares próximos também busquem auxílio para poderem ‘digerir’ o acontecimento da melhor maneira possível e conseguir levar a vida ao lado dessa criança da melhor forma dentro de suas possibilidades. Além de se prepararem melhor para dar o apoio necessário à criança.
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