Durante a gestação, observa-se a mudança na vida do casal de forma mais branda. Porém, após o parto a mudança se mostra de maneira mais brusca.
Ou seja, esse período de transição para a parentalidade de fato, é marcado por grande estresse entre o casal.
E por conta disso, surgem os conflitos… podendo ser novos ou antigos e mal resolvidos, que ressurgem nesse momento, rompendo o equilíbrio da família.
Os fatores que desencadeiam os conflitos podem ser diversos, mas pontuo os mais comuns:
1) Nesse período, a mulher e o homem podem encontrar-se mais vulneráveis à depressão;
2) Aumento e desigualdade na divisão do trabalho doméstico e dos cuidados com o bebê;
3) Alguns homens se “escondem” no trabalho. Trabalhando até mais tarde, por exemplo;
4) O medo do homem perder o afeto da companheira;
5) O medo da mulher perder o afeto do companheiro;
6) Diminuição da comunicação e do sexo entre o casal;
Além disso, a preocupação excessiva com o bem da criança, tende a fazer com que os pais coloquem suas próprias necessidades em segunda instância, deixando de se dedicarem afetivamente um ao outro.
Outro ponto importante a ser ressaltado, é que a maneira como esses pais foram criados e tratados por seus respectivos genitores e como esses interagem entre si, influencia na maneira de agir desses novos pais. Influenciando nos comportamentos, pensamentos a respeito da criação, na maneira de lidar com a criança e etc…
Se os novos pais se manterem em conflito, esse momento passa a ser “ameaçador” para o bebê, por conta da diminuição da qualidade conjugal e da interação dos pais com a criança.
Por isso, os desajustes do casal, ao se transformarem em pais, poderão estar ligados com problemas no desenvolvimento da criança. Afinal, quando o casal projeta suas ansiedades e angústias na criança, mesmo sem querer, interfere direta e negativamente nela.
Nesse momento, ressalto a importância da mãe e do pai estarem psicologicamente bem. Pois nos primeiros anos de vida, eles são o mundo da criança,e tudo o que fazem e dizem, influencia diretamente nela. E essa influência é tão poderosa, que reflete até a vida adulta dos filhos.
Muitas crianças, jovens e adultos acabam por fazer psicoterapia por acontecimentos que envolvem seu núcleo familiar. Pense nisso!
Daí você me pergunta: ta bom, Jéssica, mas cadê os pontos positivos?
Digo agora…
Por outro lado, esse período após o parto pode ser sim bastante feliz, alegre e agradável dependendo da forma como o casal se organiza com as situações adversas do dia-a-dia. Deixando espaço para a mãe e o pai se desenvolverem, não só como casal, mas individualmente para seu mais novo lugar ao mundo, a parentalidade.
Dito isso, coloco que o apoio do companheiro nas tarefas de casa e nos cuidados com o bebê, é uma importante estratégia de estabilização familiar. E quanto mais a mãe e o pai forem acolhedores e brincalhões com a criança e saberem controlar suas emoções e impulsos, mais satisfeitos poderão estar com a vida conjugal.
Ok, mas como eu posso aprender a controlar meus impulsos e lidar melhor com meu filho?
Com a psicoterapia! 🙂
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